INGREDIENTE MAGNÉTICO LTD

Fundada: 2010 | Sede: RUA DA PIMENTA 45 LISBOA 1990 254 | Área: Restauração

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Júlio Fernandes

 


Prémios: Heróis PME

Acredite, invista também em solidariedade, o retorno é garantido!



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PRÉMIO Heróis PME

A nossa empresa nasceu em 2010 foi iniciada pelo meu filho Henrique Fernandes que iniciou um conceito único de servir 4 bacalhau numa mesma travessa. Desenvolvemos este conceito com o maior êxito e, em 2018, concorri ao Peixe em Lisboa na vertente a melhor patanisca de Lisboa. Ficámos em1º lugar e a partir daí desenvolvemos o conceito com tal êxito que comprámos o espaço ao lado e passámos de 250 lugares para 530.

 

Janeiro e fevereiro de 2020 foram os melhores meses desde a abertura. Em março de 2020, fomos obrigados a fechar, mas reabrimos em abril e começámos a trabalhar com Takeaway e Delivery. Transformámos alguns dos carros para poder entregar comida e mantivemos todos os empregados efetivos e muitos a termo e “resistimos”. O Nosso restaurante, que inicialmente era dedicado a pratos de Bacalhau, transformou-se e passámos a disponibilizar uma oferta diversificada com pratos tradicionais como o cozido à portuguesa e o cabrito à moda de Baião. Aderimos a todas as plataformas de entrega de comida e começámos a trabalhar com a Uber, a Glovo e a Bolt. FOI UM DESAFIO, mas permitiu-nos aguentar os postos de trabalho e continuar a trabalhar.

 

Entretanto foram aliviadas algumas das restrições, o Primeiro-ministro teve conhecimento da revolução que fizemos para resistir e, em conjunto com o Ministro da Economia e os Dirigentes da AHRESP, decidiram fazer do restaurante D’Bacalhau um exemplo da aplicação bem-sucedida das medidas sanitárias. Para isso contribui o facto de a esplanada ter espaço para cumprir o distanciamento necessário e, ainda assim termos 120 lugares disponíveis. Por isso, acabámos por ser mais exigentes e a acabámos por criar um distanciamento de 160 cm entre cada cliente, o que fez com que muitas famílias com pessoas mais velhas ganhassem confiança para regressarem ao nosso espaço. A segurança foi tão importante que até um grupo de fadistas, fartos de estar em casa, quis fazer na esplanada uma sessão de fados.

 

Graças ao layoff conseguimos manter muitos dos postos de trabalho não essenciais. Implementámos uma política de cozinha aberta para os colaboradores que estavam em layoff, possibilitando-lhes fazerem as suas refeições e levarem para os filhos. Esta medida acabou por ser conhecida fora de portas e acabámos por acolher 4 estafetas da UBER que, vivendo por perto, faziam as suas refeições no D’Bacalhau.

“A equipa C do serviço de medicina intensiva do piso 1do CHULN, agradece ao Chef Júlio todo o apoio durante a pandemia do Covid.”

 

Entretanto, a Câmara Municipal de Lisboa lançou um convite para ajudar pessoas desfavorecidas da freguesia do Parque das Nações: 2 refeições/dia com prato, sopa, pão e sobremesa por 10 euros com IVA incluído. Embora fosse muito difícil servir pessoas por este valo, ainda assim aderimos com uma grande recetividade porque faz parte do nosso ADN este tipo de colaboração e apoio.

 

Foram muitas as aventuras por que passamos, mas a ideia de manter o nome e respeitar os compromissos com clientes e funcionários deu-nos sempre força. Durante estes 2 anos a nossa preocupação foi contribuir para manter a imagem do restaurante, manter os postos de trabalho e não fechar. Conseguimos e estamos a receber muita solidariedade de volta por parte de muitas pessoas a quem não falhámos, reconhecendo o papel que desempenhámos voltando ao restaurante e contribuindo para encher a nossa de novo.

 

Há 2 meses atrás fizemos várias refeições para grupos de trabalho que vieram festejar o seu Natal no nosso espaço. No final, um desses grupos fez questão de oferecer ao Chef Júlio uma estrela como se fosse "Michelin" e que dizia assim: “A equipa C do serviço de medicina intensiva do piso 1do CHULN, agradece ao Chef Júlio todo o apoio durante a pandemia do Covid.” Este agradecimento surge na sequência do fato de, durante 6 meses e a pedido de um médico amigo, Nuno Gaibino, intensivista no Hospital de Santa Maria, fomos todos os fins de semana oferecer 40 refeições aos serviços dos cuidados intensivos que não tinham tempo para sair e para que pudessem comer uma comida mais diversificada e menos “repetitiva”.

 

É esta a história de um restaurante que tem preocupações sociais e que acha que o reconhecimento que os seus clientes deve ser reconhecido e que tem a noção de que os empregados serão mais profissionais quanto melhor se sentirem no seu trabalho.

 

Esta é, em resumo, a história recente do D’Bacalhau que se confunde com a do seu proprietário que foi empregado da Carris, bancário e sindicalista antes de ser empresário.