Surgyline - Dispositivos Médicos Cirúrgicos Lda.

Fundada: 2011 | Sede: Maia | Área: Comércio

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Manuel Vaz

 


Prémios: Heróis PME

Fizemos da pandemia uma oportunidade com benefícios para todos. Pacientes, hospitais e empresa. Garanto que deu trabalho e algumas noites de insónias, mas valeu muito a pena!



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PRÉMIO Heróis PME

Criada em 2011, a Surgyline® - Dispositivos Médicos Cirúrgicos, Lda. é uma empresa distribuidora de Dispositivos Médicos, nas áreas de Coluna, Otorrino, Medicina Regenerativa e Unidade de Dor.

A missão da empresa é garantir aos cirurgiões um acompanhamento seguro e eficaz, antes, durante e depois das intervenções cirúrgicas.

Num mercado competitivo como é o dos dispositivos médicos, a segmentação é deveras importante, no sentido de especializar a empresa e ser notada na área. Inicialmente, faltava-nos essa visão. Só quando me apercebi que a empresa era apenas mais uma no mercado, numa área dominada pelas multinacionais existentes em Portugal, segui o caminho da especialização - o que se revelou a verdadeira chave para o sucesso! Os nossos clientes são os hospitais, públicos e privados, mas os decisores do negócio são os médicos, a quem vendemos as técnicas cirúrgicas para a realização das mesmas. As áreas de atuação eram de Otorrino, Unidade da dor e Coluna instrumentada. 

Os produtos eram, na sua maioria, para cirurgias minimamente invasivas. Em 2012, a Surgyline tinha apenas 3 colaboradores e faturou cerca de 250K, nomeadamente em hospitais privados. Até 2014, já com 5 colaboradores, a faturação chegou aos 900K. Em 2015, a empresa deixou de representar uma marca importante e chegámos apenas a 630K. Foi também nesse ano que tomei a primeira decisão que mudou tudo, e que me provocou várias insónias!

Tivemos uma inspeção periódica do Infarmed e, tendo em conta as diretrizes europeias para a distribuição de dispositivos médicos, foi-nos comunicado que teríamos de adquirir um armazém e equipamento específico para o controlo de qualidade dos dispositivos, além de pessoal com formação para tal. Era isto ou fechar! Foi isto… não queria desistir do sonho de ter uma empresa a sério! As insónias foram bastantes, pois houve necessidade de contrair empréstimos, mudar de instalações e contratar pessoal especializado. Ao fazê-lo, conseguimos uma maior projeção e uma assistência cada vez mais notória nos clientes. Em 2016, chegámos aos 750K e, em 2017, atingimos o primeiro milhão com 10 colaboradores! Mas, precisava de mais…

“Tinha risco, mas confiei no projeto e, com muito trabalho, realizámos em 2018 as primeiras cirurgias endoscópicas da coluna em Portugal. Resultado: a faturação da empresa foi de 1.200K com 14 colaboradores.”

A solução para dar o salto passava por adquirir um produto e/ou uma técnica que fosse diferenciadora e que não existisse no portfólio das multinacionais. Em 2017, depois de alguma procura, descobri num congresso em Dublin uma técnica cirúrgica alemã que estava a dar os primeiros passos na europa: Endoscopia de Coluna. A verdade é que já existe endoscopia para muita coisa, mas para a coluna era uma grande novidade. 

É isto, pensei eu. Vou em frente e deparo-me com o primeiro obstáculo: o investimento na implementação da técnica significava mais pessoal, formação dos cirurgiões e também mais material para as cirurgias (cerca de 400K). Aquando da análise do retorno do investimento, deparei-me com uma série de incógnitas pois estava a navegar em águas desconhecidas. O cenário era de alguma forma dúbio e estive prestes a desistir. 

Tinha risco, mas confiei no projeto e, com muito trabalho, realizámos em 2018 as primeiras cirurgias endoscópicas da coluna em Portugal. Resultado: a faturação da empresa foi de 1.200K com 14 colaboradores. 

Em 2019, houve o que se chama “o estudo dos primeiros casos”, que consiste em analisar as cirurgias efetuadas, no sentido de obter estudos que dêem crédito à técnica. Nesse ano, a faturação ficou-se pelos 1.200K. A técnica foi aprovada e vem a pandemia!…OMG! 

Depois de muito analisar a situação, descobri como fazer da crise uma oportunidade! O facto de termos esta técnica minimamente invasiva, iria permitir realizar as cirurgias em ambulatório e com benefícios para todos. Contratámos os cirurgiões e os hospitais, definimos a nossa estratégia e avançámos com a solução encontrada que tinha, como objetivo principal, diminuir o número de doentes nos hospitais em tempo de pandemia.

Mais uma vez, a nossa perseverança deu frutos e conseguimos manter a faturação num ano extremamente difícil mas que serviu de trampolim para a projeção da empresa no mercado que opera. Em 2021, a empresa faturou cerca de 1.900K, contamos com 17 colaboradores, somos líderes de mercado na área de endoscopia da coluna e realizámos, em 2021, cerca de 3.000 cirurgias. No final do ano, adquirimos o negócio de coluna em Portugal da multinacional americana Zimmer-Biomet (que representa cerca de 950K/ano). 

O nosso compromisso para 2022 é chegar aos 3.000K!

Tenho um enorme orgulho na minha equipa, que veste a camisola todos os dias! TOP!