Fundada: 2020 | Sede: Vila Real | Área: Serviços
Com apoio de Paulo Pereira, António Carlos Manso e Hugo Rebelo
Nível de Heroísmo 4.921760391198
Impacto Social
Capacidade Inspiracional 4.9706601466993
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Antes de fundarmos a NBI em março de 2020, estávamos envolvidos na gestão e desenvolvimento de projetos sustentáveis em diversas organizações. Sentindo um "fim de ciclo", decidimos unir forças para contribuir com uma nova perspetiva económica focada numa nova economia de base natural. A NBI - Natural Business Intelligence surgiu como resposta à procura do mercado por inovação na gestão da biodiversidade e ecossistemas. Representa a nossa visão de uma economia que sustenta e enriquece nosso ambiente natural através de uma interpretação inteligente de dados para uma transformação positiva. A pandemia de COVID-19 acelerou a nossa transição, ao fortalecer a determinação em estabelecer um modelo de consultoria voltada para impactos positivos na Natureza. Inicialmente, trouxemos para a NBI projetos como a avaliação económica de benefícios ambientais de converter um aterro em parque ecológico e a avaliação de hotspots de biodiversidade à escala municipal e da propriedade privada. No nosso primeiro ano, expandimos para mais de 10 clientes, mostrando a procura por serviços inovadores além das consultorias ambientais tradicionais.
Distinguimo-nos por desenvolver metodologias de integração da ecologia com a economia, com foco na promoção do desenvolvimento sustentável. Na NBI, as ideias inovadoras que desenvolvemos baseiam-se em experiências acumuladas desde 2005, representando a evolução de décadas de trabalho em projetos ligados à Natureza em contexto de negócio.
A formação da empresa foi fruto do amadurecimento coletivo de nossa equipe, impulsionada pela busca de aplicar conhecimento científico a práticas concretas. A transição gradual para a dedicação exclusiva ao projeto permitiu-nos crescer, inicialmente para seis membros, e atualmente somos 16, com a maioria em regime permanente. Esta expansão reflete os nossos valores de paixão, adaptação, inovação e confiança. O contexto da pandemia, logo após nossa fundação, intensificou a urgência em equilibrar a relação da economia com o mundo natural.
Com uma visão revolucionária de unir ecologia e economia, procuramos responder à demanda do mercado pela gestão inovadora de biodiversidade e ecossistemas.
Os primeiros projetos já incorporavam uma aplicação prática para avaliar ecossistemas e capital natural, levando-nos a vencer um desafio de inovação global em 2021, o SACYR Innovation Challenge. Este reconhecimento, junto com outras conquistas nacionais, acelerou a nossa projeção e o crescimento da base de clientes.
A NBI foi criada para ser um projeto de impacto, nomeadamente de impacto positivo na Natureza. Desde o início do nosso percurso já vimos milhares de hectares de áreas agrícolas e florestais a melhorarem práticas de gestão dos solos, água, carbono e biodiversidade, dezenas de empresas que adotaram visões estratégicas para incluírem a Natureza no seu negócio, ajudamos a aumentar o conhecimento sobre mais de 2000 espécies de plantas e animais, contribuímos para identificar mais de 200 000 ha de áreas de alto valor natural e ecológico, apoiado projetos de restauro mais de 1 000 ha de habitats, apoiámos a identificar mais de 10 milhões de euros em capital natural.
Até co-desenvolvemos um projeto de bioeconomia de plantas silvestres para produzir compostos anti SARS-COV2 e contribuímos para um projeto cultural na região de Dão Lafões de recuperação do canto polifónico feminino, que acelerou a candidatura desta forma de canto tradicional a Património Imaterial da Humanidade. Na nossa vida, podemos dizer que temos o enorme prazer de trabalhar no desenvolvimento de projetos nunca vistos, e de uma forma orgânica, muito baseada no modelo de trabalho híbrido, ter ainda tempo para cuidarmos das nossas famílias.
Estamos distribuídos de norte a sul, desde Peso da Régua, ao Porto, São Pedro do Sul, Lisboa e Montemor-o-Novo. Mas os nossos projetos já passam fronteiras. No fundo, o grande impacto na nossa vida é que podemos ter o sustento económico que nos realiza como profissionais, as condições humanas que nos confortam como pessoas e o privilégio de continuar a sonhar com projetos inimagináveis que vamos pôr em prática amanhã.
Pode-se dizer que fomos ‘obrigados’ pelo mercado a criar a NBI.
O nome explica tudo: Natural, porque esta é a nossa maior riqueza e representa tudo o que nos sustém; Business, porque acreditamos num progresso e bem-estar em que a economia devolve ao sistema tanto ou mais do que consome; e Intelligence, que não é mais do que a ciência de interpretar dados e transformá-los em informação. Ou seja, a NBI era uma inevitabilidade.
No final do primeiro ano de empresa eramos 6. Hoje somos 16. Todo o nosso trabalho se baseia nos princípios fundamentais da sustentabilidade nas suas múltiplas dimensões. Quer seja na perspetiva dos ESG, ou na dos ODS, onde o mais óbvio será o ODS 15 – vida terrestre, tanto na integração de vários outros como os ODS 1 (pobreza) e 2 (fome zero), onde a Natureza contribui para o sustento direto de milhões de pessoas, como nos ODS 6 (água e saneamento), 7 (energia limpa), 9 (indústria e inovação) e 12 (economia circular) onde as soluções de base natural e as práticas regenerativas oferecem possibilidades infinitas, como no ODS 12 (clima) em que é por demais evidente de que de nada nos vale descarbonizar se não tivermos a Natureza a contribuir para ‘limpar a casa’.
Qualquer empresa tem que ter clara a materialidade da ecologia, quer na perspetiva do procurement, como no progresso societal, através da redução de emissões e poluição, assim como do fomento do valor ecológico dos seus ativos, através de soluções de base natural (Nature-based Solutions) em contexto de desenvolvimento das comunidades locais. Reportar Natureza deixou de ser um ‘nice to have’ e é agora um ‘need to have’, pela inevitabilidade de alinhamento com a taxonomia europeia, conforme definida pelo enquadramento metodológico da ESRS e a diretiva CSRD, um processo fundamental para que a empresa possa reportar – e gerir – efetivamente os critérios ESG.
A nível ambiental contribuímos para a conservação e valorização de milhares de hectares de áreas com alto valor natural, transição para medidas regenerativas de dezenas de propriedades agrícolas e florestais e implementação de estratégias de restauro ecológico em múltiplos municípios de norte a sul.
A nível social, apoiamos projetos culturais como o canto polifónico feminino, o festival Tradidanças e participamos em dezenas de ações de sensibilização ambiental. Em termos de governance, estamos a influenciar empresas de referência a integrar de forma estratégica e operacional a Natureza no seu modelo de negócio. Contribuímos ativamente para integrar indicadores de Natureza em vários relatórios de sustentabilidade, mas ainda não temos o nosso, previsto para 2025.
A NBI, em parceria com o DataCOLAB, construiu uma ferramenta de avaliação de ecossistemas e capital natural chamada ‘NVP – Natural Value Performance’, que está a permitir expandir horizontes, com projetos já realizados em Espanha e na Colômbia, estando previstos outros em mais 10 geografias até ao final de 2024.
A NVP permite às organizações, públicas ou privadas, obter informação sobre a Natureza e serviços dos ecossistemas, desde água a carbono, em forma de indicadores que podem ser integrados na próxima geração de ESG. O projeto prevê atingir o break-even em 2024 e crescer consistentemente a partir de 2025. Este é apenas um dos que estamos a desenvolver passíveis de internacionalização e escaláveis.
A nossa ambição é clara: ajudar a passar do Business as Usual para o Business as Natural. Vemos um caminho de progresso, com expansão do negócio para outros setores e geografias, hoje trabalhamos com empresas de referência e estamos a estabelecer protocolos de cooperação com entidades internacionais, que darão frutos em breve.
Dentro de 5 anos vamos estar a influenciar a mudança de atitude para com a Natureza das empresas e a ajudar a promover a transição ecológica em centenas de milhares de hectares.
Daqui a 10 anos, quem sabe, a NBI pode tornar-se uma empresa de referência internacional em economia natural.
