EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, SA

Fundada: 1993 | Sede: Palmela | Área: Serviços

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Paulo Veiga

 


Prémios: Heróis PME

Pandemia assiste à criação do maior grupo de gestão documental em Portugal



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PRÉMIO Heróis PME

Foi no quarto ano da licenciatura em economia, no ISEG, que em 1991 participei num estágio promovido pela AISEC em Madrid e daí trouxe a ideia inicial daquilo que viria a ser a primeira empresa de custódia e gestão de arquivos em Portugal. Era tão simples que até a mim me fazia confusão ainda não existir nenhuma.

Há mais de 20 anos, em maio de 1993, pioneiros no mercado, iniciámos atividade no Parque Industrial da Quimiparque, no Barreiro, numas instalações que garantiam condições de segurança e de confidencialidade para se efetuar a Custódia e Gestão de Arquivo dos clientes. Os primeiros anos foram os mais complicados: à falta de clientes e meios faltou também dinheiro. Foi preciso, o que se chama atualmente, resiliência, para não deitar a toalha ao chão.

Finalmente, em dezembro de 1997, fruto do crescimento em número de clientes e da própria necessidade de melhorar as suas condições de funcionalidade, a EAD mudou-se para Palmela, onde ainda hoje nos encontramos, e expandiu depois para Vilar do Pinheiro, no Porto (1999), Açores (2007) e Madeira (2009). Portanto, e desde a fundação, e como em qualquer start-up, ocorreram vários saltos uns maiores, outros menores, mas todos importantes e desafiantes.

2017 foi também um ano importante com a aquisição da empresa Fin-Prisma. Em 2019, demos mais um passo importante na nossa expansão e abrimos a empresa EAD Digital Romania, em Bucareste, Roménia, com um enorme potencial para desenvolvimento de soluções BPO, incluindo a desmaterialização de documentos. A verdade é que muitas vezes as empresas são “empurradas” para os cenários disruptivos, seja por clientes, seja por necessidade ou oportunidade, que foi o caso aqui. A oportunidade foi criada pelo facto de o mercado da Gestão documental iniciar um processo de consolidação e nós estarmos no local certo à hora certa e com a robustez de balanço que permitiu financiar a operação.

“Quando atingimos o bom, perseguimos o ótimo. Parar não é opção. Deixamos para trás o que não nos ajuda a seguir em frente.”

 

Foi assim que em janeiro de 2020 (portanto antes da pandemia), fomos convidados pelo acionista da Papiro, um dos nossos maiores concorrentes, a realizar uma oferta para aquisição da empresa. Claro que o passo “heróico” foi concretizado em plena pandemia (outubro de 2020). Foi tudo muito ponderado e calculado, como qualquer passo que damos, mas a aceleração da urgência da transição digital das organizações e a oportunidade de criar um player de referência ibérica, veio cimentar a nossa vontade. Tornou-se óbvio e claro para todos que, independente dos custos associados, iriamos também preservar o emprego dos nossos. Foi neste sentido que percebemos que, com as soluções complementares trazidas pela Papiro ao Grupo, poderíamos ser fundamentais para apoiar os negócios dos nossos clientes a transformarem-se e ao mesmo tempo reforçar a nossa estrutura para o crescimento e inovação.

 Foi este o grande salto na bonita história da EAD, agora Grupo EAD. Com esta aquisição nasceu, assim, o maior grupo de gestão documental em Portugal, com capital 100% nacional, contando com cerca de 380 colaboradores, uma faturação anual superior a 12 milhões de euros e com um universo de mais de 2500 clientes e um dos cinco maiores da Península Ibérica.

 

Felizmente não existiram muitas hesitações, aliás algo como sabemos que é fundamental para o êxito. Hoje em dia, nenhuma empresa moderna, robusta e resiliente, o é por acaso. O importante depois de tomada a decisão “GO” é construir o caminho para tal e esse caminho, por vezes não é o mais direto. Também aí tivemos de ter agilidade para o percorrer. O apoio da Banca foi fundamental em todo o desenrolar da iniciativa pois como se diz na gíria, colocámos a “carne toda no assador”. Não podia correr mal, sob pena de todos sofrermos muito com tal revés. Apesar dos conselhos e do apoio suportado pelos órgãos do Conselho de Administração do Grupo, advisers jurídicos e financeiros, senti que foi uma decisão muito solitária e intransferível. Tive algumas noites muito mal dormidas e dias (poucos) de mau humor (sim também os tenho). Não me queixo, não são lamúrias, são factos com os quais tenho que saber lidar e que fazem parte do cargo.

E vamos continuar a trabalhar, com uma ambição do tamanho do mundo, porque é esse o nosso ADN!